Avanços na área do conhecimento da inteligência introduziram conceitos novos sobre as capacidades humanas, modificando o cenário da valorização do raciocínio lógico

Avanços na área do conhecimento da inteligência introduziram conceitos novos sobre as capacidades humanas, modificando o cenário da valorização do raciocínio lógico. Inteligência não é mais sinônimo de rapidez de raciocínio, mas se traduz por uma gama de competências que reúnem, por exemplo, a capacidade de coordenar o corpo e seus movimentos, a capacidade de autoconhecimento e de relacionamento interpessoal, para citar algumas.

Neste horizonte de novas concepções sobre as inúmeras inteligências, a capacidade para lidar com a vida afetiva, denominada “Inteligência pessoal”, ganha destaque na análise da expansão das capacidades do ser humano hoje.

 A capacidade para compreender e lidar com a própria afetividade e com o afeto implicado no relacionamento social, vem sendo uma competência valorizada nos profissionais de diferentes áreas, especialmente devido exigências como o trabalho em equipe e as demandas de uma sociedade atual, complexa – globalizada e equipada com tecnologias de última geração.

Nos dias atuais, o ser humano necessita ampliar suas capacidades pessoais, isto é, desenvolver competências que envolvam aspectos emocionais e as relações interpessoais, a chamada “Inteligência Emocional”. 

Inteligência Emocional é um conceito novo da década de 1990 e define-se como uma capacidade humana em relação à consciência e manejo da vida afetiva e de convivência; está relacionada ao autoconhecimento, ao autocontrole, à percepção e modo de lidar com as relações interpessoais e a importância do convívio cooperativo nas relações sociais. 

É importante destacar que o autocontrole está relacionado ao ser capaz de conter os próprios impulsos e aceitar a realidade como ela é, já que nem sempre temos aquilo que desejamos e experimentamos a frustração e o descontentamento. 

A Inteligência Emocional é aquela que oferece estratégias adequadas de abordagem para as situações de relacionamento com os outros, em que se procura tolerar as diferenças pessoais e compreender o ponto de vista alheio. Um dos principais fatores envolvidos na Inteligência Emocional é a empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro para compreender o seu ponto de vista. 

Nos dias atuais, em que a diversidade cultural se impõe nos variados ambientes e há a necessidade de buscar maneiras construtivas de compartilhamento de ideias e hábitos, a Inteligência Emocional é uma capacidade fundamental que permite constituir uma troca afetiva baseada na tolerância frente o diferente, que é a base de uma sociedade fraterna e justa. Pessoas que desenvolveram sua Inteligência Emocional podem compreender a si e ao outro de modo genuíno e construtivo. Podem exercitar o respeito à singularidade de cada um e desfrutar da consciência sobre seus limites e dos outros, compartilhando suas experiências de viver numa verdadeira troca, cujo sentimento de pertencimento torna os vínculos humanos, elos de história e de virtudes em seus grupos.